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Das cinzas da banda Death/Thrash Grothesc (92- 97), o ITD (Into the Dust) surgiu do interesse de Santos e Nossat em criar músicas calcadas em elementos dos grandes mestres do som obscuro como Black Sabbath, Saint Vitus e Candlemass.dust logo
Baseado na cidade do Gama, Distrito Federal, o ITD lançou duas demos-tape, ‘Into the Dust’ (2000) e ‘March of Believers’ (2006), que entre suas faixas já possuía duas músicas em português, demonstrando este novo direcionamento da banda em fazer música pesada com letras totalmente na língua pátria.

Após um breve hiato em suas apresentações e várias mudanças em sua formação, o trio recomeça o processo de composição em 2012, já com formação estabilizada, e lança seu EP no começo de 2014.

Para ouvir o último EP da banda e também seus outros trabalhos, acesse: http://intothedust.bandcamp.com/

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E confiram nossa entrevista com a banda para saber mais sobre sua história e influências:

1) O que é a Into the Dust? (não só musicalmente, mas o que representa em sua vida).

R: É um trio que surgiu da vontade de realizar o tipo de som que gostamos, proto-Doom, Doom, calcado nos grandes mestres, havia uma necessidade e o ITD surgiu desta necessidade.

 

2) A banda até então lançou 2 demos e o ótimo EP “ITD”. Como foi a gravação, e quais os problemas enfrentados dentro destes projetos? Já que no Brasil o doom tem pouco apoio.

R: Nas duas demos, “Into the Dust” de 2000 e “March of Believers” de 2006, tudo era muito caro e quanto mais rápido terminasse melhor, menos gasto, então gravamos na correria , muito se perdeu. Já no EP 2014 demoramos mais tempo procurando onde e com quem gravaríamos do que gravando (risos). Enfim, decidimos por Caio Cortonesi (Broadband Studio) que conhecia o som do ITD a bastante tempo e fez um ótimo trabalho!

 

3) Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda e quais são suas bandas preferidas no estilo?

R: Black Sabbath. Bandas preferidas, além do Sabbath, fica difícil… para citar algumas: Saint Vitus, Eyehategod , uma mais nova: Serpent Venon e uma do Brasil: Witching Altar.

 

4) Vocês no EP tem todas a letras escritas em português, por que decidiram focar no nosso idioma? E quais tématicas vocês abordam nas letras?

R: Acho que foi uma coisa que aconteceu naturalmente, tentamos a primeira vez na música “Eterno” da demo “March of Believers” e deu muito certo, além de mais prazeroso pela dificuldade (risos) . Quanto à temática, costumo escrever sobre experiências que todos passamos em um momento ou outro da vida, mas sempre com uma visão escatológica e, sutilmente, doentia.

 

5) Qual sua visão sobre a cena brasileira no Doom Metal?

R: Particularmente, muito do que vejo por aí chamado doom é, na verdade, gótico ou qualquer outro estilo, com passagens de doom. Não acho que o ITD tenha a ver com a cena Doom do Brasil, pelo menos hoje, assim como também não acho que tenha a ver com a cena stoner brasileira. Quando penso em banda Doom no Brasil me vem a cabeça bandas como Eterno (DF), Albor (RN) e Witching Altar (PE) .

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Links oficiais:
Facebook: https://www.facebook.com/ITDdoom?fref=ts
Bandcamp: http://intothedust.bandcamp.com/
Metal-archives: http://www.metal-archives.com/bands/Into_the_Dust/64794

E-mail para contato: itddoom@gmail.com

Hoje trazemos para você uma ótima entrevista com uma banda bem conhecida e cultuada de nossa cena underground, a Abske Fides. Confiram alguns detalhes como origem da banda, influências e algumas curiosidades…
Deixamos nossos agradecimentos à banda pelo ótimo retorno! E também pelas fotos exclusivas cedidas.

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Por: Diego Mendonça

1: A Abske Fides teve seu início em 2003, tendo sua primeira gravação registrada em 2004 com a demo “Illness”. Como surgiu a formação da banda e como moldaram a sonoridade? Quais suas influências?

Nihil: O Abske Fides surgiu como um projeto de black metal entre um ex-membro (Cokkhammer) e eu (na época sob pseudônimo Thanatus) para unicamente compor, ensaiar e gravar, sem shows nem divulgação. O K. logo entrou e então começamos a estruturar as primeiras composições. A ideia era fazer músicas lentas, destoantes e profundamente climáticas, bastante influenciadas por bandas como Burzum, Shining, Forgotten Tomb, Deinonychus, Bethlehem e Silencer. Quando começamos a gravar “Apart from the World” em 2005 já havíamos incorporado muito do doom metal em nossas músicas, tanto na linha death/doom mais clássica quanto de funeral, a exemplo de Winter, Thergothon, Evoken e Nortt. Daí pra frente mantivemos essa base, mas sempre agregando um pouco de novos elementos, tanto experimentais quanto de outros gêneros.

2: Vocês hoje em dia estão consolidados no cenário doomster mundial, vocês enfrentaram alguma dificuldade nas gravações de seus trabalhos? Afinal doom metal no Brasil tem pouco apoio.

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Nihil

Nihil: Na verdade não muitas, pois quem grava e produz nossas próprias músicas somos nós mesmos, tanto o K. quanto o N. estão envolvidos nisso já há alguns anos, especialmente o K., que trabalha com gravações.

Nosso full foi totalmente feito por nós. No início também contávamos com parcerias de amigos para ensaiar e gravar sem grandes custos e assim fomos aprendendo aos poucos, mas também tivemos vários contratempos na finalização de Disenlightment por questões técnicas.

3: Como foi a aproximação com a Solitude Productions?

Nihil: A Solitude já distribuía nosso material desde 2006 – os EP Apart from the world e Disenlightment – e desde então manifestava interesse em lançar um álbum completo do Abske Fides. Com o fim do nosso antigo selo (Ostra Records- França) e após o péssimo trabalho feito pela Beneath The Fog (USA), concluímos que a Solitude seria a melhor parceria. Retomamos contato e então firmamos o full-lenght de 2012 e atualmente o co-relançamento dos nossos EPs.

4: Pra quem já assistiu o show de vocês, é comum notar o clima de luzes que criam. De onde surgiu a ideia de se apresentar com as luzes apagadas?

K.

K.

Nihil: Isso coincide com os primórdios da banda. Quando montamos o Abske Fides ensaiávamos sempre de madrugada com as luzes todas apagadas, exceto uma lâmpada vermelha. Fazia parte do clima que buscávamos. Isso durou por algum tempo e depois abandonamos. Quando iniciamos os shows, muitos anos depois, essa ideia voltou e, ironicamente, creio até que tenha partido do N., que nem estava na banda quando fazíamos isso.

5: Agora tratando das letras, onde vocês buscam influencias para cria-las? Há alguma curiosidade abordada nelas?

Nihil: As letras são bastante subjetivas e sem muita definição. Normalmente expressam sensações de isolamento, conflitos internos, faltas de sentidos e descrenças. Não buscamos nenhuma influência específica, mas claro que acabamos nos inspirando em diversas referências, como o ambiente da cidade que vivemos (São Paulo), as experiências pessoais, as músicas que ouvimos, os autores que lemos, os artistas que apreciamos, etc. A única letra que é diretamente baseada em uma obra específica é a de 4.48, que vem de uma peça escrita pela Sarah Kane e conta com a parceria do Alex Witchfinder (Thy Light).

6: Como vocês avaliam a cena doom metal no Brasil na atualidade? Houve uma grande mudança durante os anos?

N.

N.

Nihil: Acho que existem ciclos, com alguns picos de maior ou menor agitação em certas épocas, mas nunca totalmente parado. Lembro que na primeira metade dos anos 2000 surgiram muitas bandas e rolaram vários eventos no Brasil todo, tanto de doom quanto de black. O Abske Fides surgiu nessa época. Até mesmo entre 2005 e 2006, quando me mudei para o sul, ainda havia uma boa agitação de shows e bandas. Isso parece ter esfriado por algum tempo, mas de 2 ou 3 anos para cá tem surgido um novo refresco, tanto de bandas antigas como de bandas mais recentes. Temos atualmente a continuidade do clássico festival Eclipse Doom, a organização das coletâneas Doomed Brazilian Compilation (Stoned Union Doomed) e Doomed Serenades (União Doom Metal Brasil) e a segunda edição do Doomsday Fest, isso só para mencionar alguns exemplos e sem contar os blogueiros e zineiros que sempre estiveram por aí em prol do doom metal. Talvez os “veteranos” possam responder melhor essa questão, afinal viveram os anos 90 e podem avaliar melhor as mudanças.

 
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Solitude Productions: http://solitude-prod.com/blog/tag/abske-fides/

Abske Fides

Abske Fides

 

 

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A Beneath No Light surgiu como um projeto do músico Arthur Painless, em São Paulo, há pouco mais de um ano. Como banda completa, ela data de Setembro de 2014. Mesmo relativamente nova, já possui algumas músicas gravadas de forma independente e bem chamativas no que se conhece por Death/Doom. A banda passeia por vários momentos musicais bem construídos e é certamente uma boa pedida pra todos os fãs do estilo.

Formada por: Arthur (Vocais/Guitarra), Ricardo (Guitarra), Joker (Baixo) e Maycon Phantons (Bateria).

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Ouça um pouco do som da banda:
https://soundcloud.com/beneathnolightband

A seguir, fizemos uma pequena entrevista com o próprio Arthur para saber mais sobre a banda, os planos futuros, influências e muito mais. Confiram!

1) O que é o Beneath No Light (não só musicalmente, mas o que representa em suas vidas)? Conte-nos um pouco de como a banda surgiu.

Arthur Painless: Olá! Pois bem, a princípio o Beneath no Light não era uma banda, e sim um projeto pessoal meu, havia um tempo já em que eu escrevia as musicas sozinho em meu home studio, meu instrumento primário é guitarra, cheguei a buscar por um vocalista por baixo dos panos, mas sem sucesso, acabei arriscando eu mesmo a fazer os vocais… e parece que deu certo . As musicas representam minha raiva perante aos laços distantes, questões familiares e religiosas, depressão, auto-medicação, falta de esperança em alguns pontos dessa vida passageira e um pouco sobre um relacionamento muito conturbado que passei.

Com algumas musicas na mão, resolvi mostrar para meu amigo do Sul, Ricardo Teixeira, a resposta foi imediata, ele curtiu bastante e rapidamente começamos conversar sobre meu sonho de transformar o projeto em uma banda física. Ricardo é guitarrista experiente, tocou por um tempo numa banda cover de Paradise Lost e é fã convicto do My Dying Bride, tendo uma excelente escola, não tinha dúvidas de que ele era a pessoa certa para empunhar a outra guitarra.

Nosso baixista é um amigo meu que estudou comigo na faculdade, curte bastante som também, e tem habilidade com o instrumento…. foi bem rápida sua adição na banda, pois ele não está na ativa musicalmente, e topou fazer parte da parada. Bateria foi meio complicado, tínhamos uma pessoa engatilhada mas devido a sua rotina corrida com outra banda, acabou não rolando…então, por indicação, conseguimos fazer contato com o Maycon Phantoms , que foi baterista antigamente da banda SoulSad que pertencia ao meu amigo Rafael Sade.

Por hora, estamos ainda organizando a casa, pra iniciar os ensaios agora em Novembro, pois o Ricardo, sendo do Sul, acabamos tendo que lidar com a distância, e ensaiando individualmente em casa usando back-tracks. Mas logo logo já estaremos na ativa para começar tocar por aí.

 
2) A banda conta com diversos sons já gravados ainda de forma independente, mas já mostrando uma proposta muito interessante. Quais são os planos futuros para regravação das mesmas em estúdio e de um full-lenght?

 
Arthur: Cara, foi tudo realmente gravado de forma independente , sem nenhum conhecimento prévio em produção, máster e mixagem. Mas nem por isso deixamos de fazer, afinal, eu curto bastante essa parada DIY no estilo raw, achamos que os sons ficaram interessantes… e as gravações são pre-demos para compilar as idéias, resolvemos lançar em público para ver a resposta do pessoal em relação à sonoridade. Como as coisas tem sido positivas, estamos bem ansiosos para entrar em estúdio profissional aqui em São Paulo, com um bom engenheiro de som e produtor, para ai sim lapidarmos nosso som e atingir o resultado final que buscamos.

3) Chama a atenção a veia melódica das músicas, com bastante solos e momentos de passagens mais atmosféricas, o que torna a audição bem diversificada. Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda e como é o processo de composição?

Arthur: Então, eu sou fã convicto de Paradise Lost, desde pequeno, além de outras bandas renomadas da cena. Minhas raízes são no Doom e Death metal e acho que essa tem sido a maior influência da parada, além de bandas de crust punk e black metal. Meu guitarrista do coração é o Gregor Mackintosh do Paradise Lost, e graças a ter passado metade da minha vida ouvindo esse cara, acho que ele me ajudou bastante a moldar meu estilo de tocar.
Durante o processo de composição, estamos tentando deixar os sons bem diversificados mesmo, com ganchos marcantes, quebras de estruturas, tentar fugir um pouco desse padrão reto de composição que assola muitas bandas por ai. Não queremos gravar 2 trechos diferentes e sair copiando e colando eles até dar o tempo X da musica. Nossa ideia é trabalhar diferentes trechos e ganchos de forma que o som realmente seja envolvente ao ouvinte. Estamos nos esforçando para atingir isso, creio que muita coisa irá mudar quando entrarmos em estúdio, pois com um profissional junto teremos mais visão do que podemos melhorar e agregar no material já existente.

 
4) Como tem sido o feedback do público até o momento em relação às músicas já divulgadas?

 
Arthur: Pow cara, a galera ta gostando! Vários amigos me mandam msg, alguns amigos já pegaram camisetas com a gente e talz, o pessoal do Sul , graças ao Ricardo , tem dado um apoio bem legal. Quero agradecer ao Lino da comunidade Doom , que tem nos apoiado bastante também, divulgando o som e prestando elogios (bem exagerados! Haha). Lógico que na cena sempre tem uns babacas invejosos que não conseguiram sair do lugar com suas paradas e ficam tentando te trevar com comentários desnecessários. Mas é como eu digo: todos nós trabalhamos e não precisamos da música pra viver, então vamos fazê-la por prazer. Pros frustrados que não fazem nada da vida e persistem na música visando apenas dinheiro, podem cair fora! Vocês não são honestos consigo mesmos, logo sua música será um reflexo disso.

5) Pode-se dizer que 2014 foi um ano bem frutífero para o estilo, com diversos festivais e bandas novas aparecendo. Qual é a visão da banda sobre a cena brasileira atual no Doom Metal?

Arthur: Cara, a cena é pequena infelizmente, pois a criançada só quer saber de Thrash metal e os nerds, de progressive / melódico, mas felizmente temos excelentes bandas representando a cena pelo pais. No Doomsday pudemos ver o show do Abske Fides que foi bem foda, e em breve teremos o HellLight com Mythological Cold Towers no Blackmore, que sera uma grande noite também.
Infelizmente algumas outras bandas das antigas acabaram sumindo da cena…. por falta de público ou compromissos internos. Espero que as coisas mudem de agora em diante, com essa maior divulgação que está sendo feita, graças a vocês.
Bem, é isso! Grande abraço pro pessoal que frequenta o blog e à comunidade Doom Metal BR que comparece nos shows!

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Links oficiais:

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Soundcloud: https://soundcloud.com/beneathnolightband
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCfcc5kncXP-nzkGIX8hsCfQ

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Nossa entrevista da vez é com a Les Mémoires Fall, banda de São José dos Campos/SP. O baixista, vocalista e fundador Émerson tirou um tempo para nos falar um pouco dos planos futuros da banda, visão da cena e repercussão do lançamento do primeiro disco da banda, confiram!

1) O que é a Les Memoires Fall (não só musicalmente, mas o que representa em sua vida)?

A Les Mémoires Fall para mim representa a forma com que eu posso expressar sentimentos que sinto ao longo dos meus dias. Muitos dos problemas da minha vida eu acabo colocando nas letras com o fim de poder me libertar de situações que me incomodam. E como banda, a Les Mémoires Fall é a representação e a aspiração que tenho para seguir em frente fazendo música. Com certeza é a banda que quero para a minha vida inteira e até o último dia de minha vida…

2) A banda lançou recentemente o excelente Full “Endless Darkness of Sorrow ”, como foi a gravação? E quais os problemas enfrentados dentro deste projeto? Obstáculos sempre vão existir, vocês os venceram!

Obrigado, Diego! A gravação foi um pouco demorada devido não termos na época um line-up fixo! Então as gravação da guitarra e da bateria ficaram a cargo de nossos produtores, sob supervisão nossa quanto ao resultado que queríamos. Creio que para o que tínhamos na época, foi o melhor que pudemos fazer e acho que o resultado está aí. Um disco honesto, sem firulas de estúdio e mentiras. Problemas sempre existem e cabe a nós termos a paciência e saber contorná-los. Como muitos já sabem,antes do lançamento do cd tivemos algumas baixas e seguimos em frente, já com novos integrantes e se adaptando a atual realidade da banda que é muito boa!

3) Ainda falando sobre o Full, como foi o processo de composições das letras, influencias e temas abordados.

As letras foram em sua maioria de minha autoria. Já tinha muita coisa escrita e acabei resgatando uma letra antiga da época em que iniciei a banda (My Last Pain). Das 6 letras presentes no full, 4 são de minha autoria (River of Pain, The Sun Fell, My Last Pain e Rotting Between Old Images), uma da antiga vocal (Mourning Your Death) e outra de uma grande amiga, a Ferr Barone, com quem já tive uma banda há um tempo atrás (Restless). Os temas giram em torno de temas como morte, depressão, solidão, suicídio, substâncias ilícitas entre outros temas.

4) Quais são os planos futuros da banda?

Os planos da banda no momento é continuar divulgando o álbum full e ir compondo novas músicas para futuros lançamentos. Estamos para lançar um EP ainda esse ano! Além de participar de alguns tributos. Em breve,todos vocês saberão das novidades.

5) Qual sua visão sobre a cena brasileira no Doom Metal?

A cena doom metal brasileira está crescendo cada vez mais a cada dia. Creio que isso em muito tem acontecido devido ao esforço das bandas, blogs, produtores do estilo e entusiastas em difundir mais o estilo, que ainda é bem underground e esquecido. Creio que com o passar dos anos, o estilo no Brasil terá o seu devido reconhecimento.

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Lembrando que está disponivel a versão nacional do cd “Endless Darkness of Sorrow”. Para adquirir, ao preço de R$ 15 + frete para todo o Brasil, envie um e-mail para lesmemoiresfall@gmail.com, ou contate a banda diretamente via mensagem no facebook.

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Página no facebook: https://www.facebook.com/LesMemoiresFallOfficial

Trazemos para vocês hoje uma entrevista muito interessante com a Pain Of Soul, de Blumenau/SC, que gentilmente concordou em nos atender e bater um papo sobre sua carreira, visão da cena e muito mais.

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1) O que é a Pain of Soul? (não só musicalmente, mas o que representa em suas vidas).

A Pain of Soul representa algo muito especial, que envolve muita dedicação e trabalho, inspiração e responsabilidades levadas a sério. Tanto que mesmo num país com um mercado musical absolutamente divergente ao que o metal, de um modo geral propõe, conseguimos permanecer acreditando no nosso potencial e alcançando objetivos inicialmente tidos como apenas desejos, sendo até então o ápice de tudo, a tour na Europa, em 2011.

2) A banda lançou até então o ótimo “The Cold Lament” em 2011, e agora está com novo disco na bagagem. O que podemos esperar de surpresas entre o anterior e o novo “The Rustle of The Leaves”?

As músicas estão mais maduras, há uma pegada mais agressiva e imponente, há uma maior objetividade e até mesmo sinceridade nestas novas músicas. Além disso, o trabalho artístico final ficou excelente, além de contar com o nome de Harris Johns, o qual mixou e masterizou este trabalho.

3) Quais foram as maiores dificuldades encontradas na realização deste novo projeto?

Trabalhar com o amadorismo de oportunistas, que lhe cobram algo e lhe propiciam outro. Nosso trabalho foi consideravelmente prejudicado no lançamento devido a severos problemas na prensagem dos cd’s, e tanto o lançamento quanto a divulgação deste trabalho ficaram muito aquém do que estava planejado. Cumprimos com nossa parte no contrato, atitude esta que a empresa contratada, nem terceirizada por esta, cumpriram dentro do prazo estabelecido.

4) Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda e quais são suas bandas favoritas no Doom Metal?

Impossível não citar Black Sabbath, além de My Dying Bride, Anathema, Amorphis, Candlemass, While Heaven Wept, The 3rd and the mortal, Paradise Lost…

5) Com um novo disco em mãos, quais são os planos da banda para o futuro?

Nossa intenção é divulgar mais o “The rustle of the leaves” aqui no Brasil, ainda este ano, e ano que vem fazer nova tour pela Europa. No momento estamos atrás de patrocínios, contatos, possibilidades. Você planejar algo por aqui, ainda mais no nosso estilo, não quer dizer que realmente vá acontecer, a menos que você se dedique muito e saiba o que quer, aonde quer e com quem. Vamos ver no que vai dar…

6) Qual sua visão sobre a cena brasileira no Doom Metal?

Acho que mesmo depois de tantos anos, continua sendo algo relativamente complexo. Quando eu e o Joel estávamos na Lugubrious Aesthetics (94/95) não havia meia dúzia de bandas no estilo por aqui, o contato era através de cartas, a divulgação do trabalho, através de fitas K7 e zines fotocopiados. Hoje está tudo mais rápido, fácil e, mesmo assim percebo que o Doom Metal permanece bastante no uderground, o que não é de todo ruim, pois de um modo geral, quem curte este estilo musical não está esperando virar estrela, mas ao mesmo tempo dificulta bastante o acesso país afora, principalmente se você não dividir despesas: há sempre necessidade de investimentos consideráveis para se conquistar um objetivo mínimo. Não nos arrependemos de qualquer feitio até hoje, mas você precisa se esquematizar muito bem antes de aceitar propostas, principalmente para, por exemplo, topar um show muito longe de casa e, em cima do laço, desistir, cancelar, porque acabou dando um passo maior que a perna alcançava. Você precisa ser profissional em tempo integral se quiser ir mais longe!

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O último lançamento da banda, o disco “The Rustle Of The Leaves” continua à venda para todo o Brasil, por R$ 15 + frete. Para encomendar, contate diretamente a banda no facebook ou pelo e-mail: painofsoul.doommetal@gmail.com


Links:
Facebook: https://www.facebook.com/pages/PAIN-OF-SOUL/268662909844391
Myspace: http://www.myspace/painofsoul

E para quem não conhece, aí vai uma amostra do som da banda, tocando uma música de seu novo disco ao vivo:

Em um bate papo informal com Kleber Fainer, vocalista, tecladista e compositor do De Profvndis Clamati, ele revela com exclusividade informações  acerca do conceito visual e musical do primeiro e  segundo full albuns:

Kleber Fainer:  “Apesar de que o primeiro full album ainda está para sair em breve, os fãs perceberam a atmosfera densa, melancólica, obscura e misteriosa desse full album, sempre a beleza envolta às sombras, sempre a luz oprimida, porém é visível, ela está lá em diversas partes, as orquestrações carregam gentilmente o peso das guitarras, o luto em certos momentos tornar-se quase insuportável com o peso do orgão de igreja, basicamente isso tudo é claramente sentido no primeiro websingle ‘The Transylvanian Mountainside Aria”  de nosso primeiro full álbum ‘The Vehement Shade of Passion’.

Já o segundo full album torna-se um projeto consistente, ele encontra-se adormecido depois de sua gênese e algumas fagulhas recentemente acesas…

A partir do segundo álbum o conceito tanto visual como musical da banda irá alterar-se dramáticamente, porém mantendo sua essência fundamental. No lugar da escuridão haverá o brilho que cega, ambientes opacos e limpos, toda aquela escuridão ficou pra trás e dá lugar à uma gélida luz que traz consigo o conceito desse segundo full album, uma história de profunda dor e iluminação, sem dúvidas tratam-se das canções mais profundas que já escrevi para o De Profvndis Clamati. É a história de um sonho vívido, o personagem central perdeu um ente muito próximo e querido, mas ele não acredita em nada sobrenatural, porém esse amor faz com que mesmo assim no sonho vívido que busque por seu pai e a história desenvolve-se dentro desse paradoxo e fala das frustrações humanas, dessa busca e seu desfecho trará uma iluminação e dará ao protagonista uma visão diferente por sobre esses sentimentos tão profundos que afligem os humanos. A música em si será brilhante e calma, porém o peso se fará presente de uma forma diferente que no primeiro full album, o segundo full album terá seu título reveladoom ano que vem e com ele algumas artes conceituais e cinemáticas para ilustrá-lo…”

E ainda conseguimos algumas imagens, que ilustram o conceito visual do primeiro e segundo full album:

Essa é do primeiro álbum:

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E essas duas do segundo álbum:

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Conheça a De Profvndis Clamati, esta com promoção em sua pagina no facebook, convide seu amigo a conhecer o som dessa grande banda brasileira:

Facebook: https://www.facebook.com/deprofvndisclamati

SoundCloud: https://soundcloud.com/deprofvndisclamati

Obrigado Kleber pela exclusividade, e vamos dar força a nossa cena!

Entrevista - Lacryma Sanguine

1) O que é o Lacryma Sanguine (não só musicalmente, mas o que representa em suas vidas)?

“O Lacryma Sanguine é apenas uma vontade de fazer um som que todos nós da banda desejamos fazer. Simplesmente Doom Metal. Começou com algo simples, o André Barroso compondo no seu quarto, daí foi conhecendo o Max (Vocal) e o Yuri (Guitarra), se juntou com outros caras eu foi formando o que seria o Lacryma Sanguine. Depois de um tempo eu entrei na banda, em 2007, e depois de muito troca-troca de baterista, o Gabriel entrou na banda e meio que agora estamos mais “sólidos” em questão de formação. Hahahaha!
Mas o Lacryma Sanguine é basicamente a expressão de uma vontade de fazer um som Doom Metal da forma que a gente gosta e do jeito que a gente admirava em escutar com as bandas que nos influenciaram”.

2) A banda até então lançou o ótimo EP “As The Autumn Ends”, que inclusive foi disponibilizado para download gratuito no site oficial da banda. Como foi o processo de gravação? Houve problemas na realização do projeto?

“Não houve nenhum problema grave em si com a gravação. Eu meio que entrei durante o processo, mas o cara que gravou com a gente era horrível. É o típico caso de um cara que não tá muito preocupado em fazer um bom trabalho e então não dá a devida atenção. A mixagem ficou terrível e o engraçado é que ele é considerado (ou era) um dos bons produtores daqui de Fortaleza. Acho que as coisas estão meio niveladas por baixo no quesito produção musical aqui pela cidade. Hahahaha”!

3) Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda? Pode-se notar uma vasta gama de atmosferas nas músicas, o que torna a audição bem interessante e nunca monótona.

“Bem, as influências meio que variam hoje em dia. Cada vez a gente vai descobrindo algo mais interessante que vai nos inspirando a fazer a música do Lacryma Sanguine, mas basicamente o Lacryma Sanguine tem uma forte influência das bandas de Doom Metal dos anos 90, como My Dying Bride, Paradise Lost, Anathema, entre outros. Também temos muita influência de grupos de Funeral Doom como o Shape of Despair, o Worship, Skepticism. Também a gente anda absorvendo musicas de outros estilos. Eu por exemplo ando escutando muito Chelsea Wolfe, Cocteau Twins, Bohren und Der Club of Gore, entre outros. Essas bandas meios que dão novas idéias para mim em composições e tento pegar isso como novas inspirações pra buscar um som mais próprio, saca?
Algumas músicas do Amongst These Walls têm umas influências mais diferentes do Doom Metal mesmo que soaram ótimas nas nossas músicas. É algo meio natural, vem com a inspiração em si de compor”.

4) Vocês estão atualmente finalizando a produção do debut “Amongst These Walls”. O que os fãs do trabalho da banda e do Doom Metal em geral podem aguardar neste trabalho?

“Então… Não estamos bem “finalizando” ele mais, sabe… hahahaha! Rolou um grande problema e vou tentar resumir isso em poucas palavras:
O estúdio em que estávamos gravando o nosso álbum deu algum problema no computador e perdeu todos os arquivos. Pra piorar, o estúdio super profissional não tinha o backup e ai tudo que estávamos fazendo virou poeira em forma de bytes.
Isso foi meio que na metade de 2012 e depois dessa foi meio que a gota d’água para todos nós e meio que demos uma pausa na banda porque já não agüentávamos mais tanta badvibe com a gente. hahahaha
E não foi a primeira vez que aconteceu. Se me lembro bem, em 2011 entramos em um estúdio anterior e no meio das gravações, perdemos tudo porque o estúdio havia sido “inundado” (estava em época de chuva na cidade) e perderam todos os equipamentos. Ou seja, depois de uma segunda merda, não tínhamos mais condições de se estressar com isso novamente e resolvemos dar uma parada com a banda e tocar a vida um pouco sem isso.
No começo desse ano recebemos a proposta para fazer uma turnê aqui pela região e na Paraíba e isso meio que reacendeu nossa vontade de continuar a banda e até de tentar novamente a gravar este álbum. Tem que sair cara. É uma questão de honra! hahaha!
Agora meio que estamos estudando propostas de como fazer. Eu e o André temos experiência com gravações e estamos buscando tentar fazer a gravação por nós mesmos. Mais DIY e não precisar depender dos produtores lixos que só entendem de música clichê barata. Não precisamos mais disto, então acho que a melhor idéia seria fazer nós mesmos esta gravação. Ainda esse ano pretendemos fechar isso tudo”!

5) Vocês fazem parte do cast da União Doom Metal BR e também figuram na primeira coletânea Doomed Serenades junto a outras grandes bandas nacionais com uma música inédita. Como vocês avaliam a repercussão deste projeto e qual a visão da banda sobre a cena brasileira no Doom Metal?

“Acho que tá rolando uma repercussão legal para as bandas. Já recebemos alguns elogios de pessoas que conheceram a banda pela coletânea, então foi bom pra nós e acredito que as outras bandas devem ter colhido frutos positivos com isso também. Na minha opinião não consigo enxergar uma cena consolidada em si de Doom Metal, até de Metal em geral aqui no Brasil. Mas há algumas bandas surgindo por ai e sempre aparecem umas ótimas bandas fazendo um som interessante. No Brasil há bandas que possuem qualidade musical do nível de muitas outras bandas consolidadas lá fora, mas elas têm que saber mostrar o seu trabalho, sabe. A internet está ai! Procurem saber divulgar o trabalho legal, usar as redes sociais para ganhar mais ouvintes. Além do mais, tem que fazer um som que seja realmente bom. Tem que confiar naquilo que faz. E saber não ser tosco também ajuda bastante hahahaha.
Voltando a questão de cena, o que rola é que as bandas estão mais engajadas e unidas para tentar fazer acontecer shows, turnês e tudo mais. Acho válido isso, mas daí a ter algo como uma cena, acho difícil. Não considero isso como algo negativo, afinal, nada melhor que solidão para algo mais inspirador no Doom Metal, certo?”
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Entrevista - Witching Altar

1) O que é o Witching Altar? (não só musicalmente, mas o que representa em sua vida).

“O WA é um projeto entre eu e meu primo Thiago Satyr. Começamos esse projeto, que inicialmente se chamava Goat, porque temos a paixão por um tipo de música pouco popular entre os headbangers de nossa cidade (e por que não dizer do Brasil?). Que é o Doom Metal tradicional, como: Pentagram, Saint Vitus, Reverend Bizarre, Electric Wizard etc. Agora pessoalmente falando, o WA representa todas as minhas frustrações, decepções e tristezas que surgiram/surgem em minha vida. Apesar das letras serem todas de Thiago, eu tento passar isso através dos riffs. A banda é o reflexo de uma grande mudança, e fase difícil, em minha vida que ocorreu no segundo semestre de 2011, ano que a banda surgiu. O WA é uma válvula de escape.”

2) A banda até então lançou só singles, como foi a gravação, e quais os problemas enfrentados para a gravação de um full? Falta de apoio acaba matando bastante sonhos.

“As gravações foram feitas no meu home studio, o Big Mojo. Sou formado em produção fonográfica, ai as coisas não ficaram tão difíceis na hora de produzir um full. Tivemos alguns problemas técnicos com acústica e excesso de graves em alguns instrumentos, que de certo modo acabou atrapalhando um pouco a mixagem. A falta de apoio já era mais do que esperado, se é difícil para uma banda de heavy metal ou de algo mais extremo, imagina para doom metal tradicional? ahahahaha”

3) Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda e quais são suas bandas preferidas no estilo?

“As principais bandas que ajudaram a moldar o som do WA são o Reverend Bizarre, Lord Vicar, Saint Vitus, Cathedral e o Electric Wizard. E não podemos esquecer do BLACK SABBATH! Dentre elas, as mais preferidas são o Saint Vitus, Reverend Bizarre e o velho Black Sabbath.”

4) Quais são os planos futuros da banda?

“Assim que lançarmos o cd promocional, vamos tentar lançar o material em LP e CD, e depois disso, conseguir gente para realmente formamos uma banda de verdade. Porque até o momento somos uma dupla, eu na guitarra e Thiago no baixo e voz. Queremos um baterista, e um baixista, que é para deixar Thiago mais a vontade para cantar.”

5) Qual sua visão sobre a cena brasileira no Doom Metal?

“Tocar doom metal no Brasil é andar contra a maré. Enquanto a maioria das bandas querem tocar rápido, tentamos justamente fazer o contrário! Estamos aqui para desacelerar essa cidade! ahahahaha. A cena tem muito o que crescer em relação a tudo. Não temos festivais dedicados ao doom metal, nem selos e o público é muuuuito pequeno. Nada aqui é fácil.”

Links oficias:

Bandcamp: http://www.thewitchingaltar.bandcamp.com/

Link para download: http://www.4shared.com/rar/ks-Pw7xa/Witching_Altar_-_Tower_of_the_.html

Canal do youtube: http://www.youtube.com/user/thewitchingaltar?feature=watch
FB: https://www.facebook.com/thewitchingaltar

E-mail Pedro Santos: pedro.henriquedossantos@gmail.com
E-mail Thiago Satyr pecattorium@hotmail.com

Entrevista - Mortiferik

Primeiro vamos falar sobre a história da banda:

“Mortiferik , inicio em 1998
Trabalho one-man-band idealizado por Anderson Morphis.
Estilo Doom Metal.
Primeira Gravação “Memory” 1998
Segunda Gravação “Agony in the Silence”2012
Apanhado geral de registros do passar de anos , musica em estúdio The Silent Voice em 2000, regravação de Agony of the Angels de 2004 e faixa demo ensaio de 2012.
Novo trampo em 2013″ Empire of Sadness Returns”.

Agora a entrevista:

1) O que é o Mortiferik? (não só musicalmente, mas o que representa em sua vida).

“A Mortiferik faz parte da minha existência!
Meu contato com o Heavy Metal foi aos 16 anos e desde então estive cada vez mais próximo desta arte fascinante. Este trabalho corresponde ao ponto principal de meus objetivos, pois a partir dele pude expor para o Cenário Underground meus sentimentos através da música.”

2) A banda até então lançou um dos melhores EP’s da cena underground BR, como foi a gravação, e quais os problemas enfrentados para a gravação? Falta de apoio acaba matando bastante sonhos.

“Primeiramente agradeço o elogio ao meu trabalho. Muito obrigado!
Eu fico satisfeito por estar em atividade no circuito underground, pois desta forma posso contribuir ainda mais para a Cena que muito respeito.
Digo a você que não tive dificuldades no processo de gravação, foi inclusive surpreendentemente melhor dos que já tive até hoje, devido a vários fatores.
O tempo se encarregou de fazer-me adquirir um pouco mais de experiência musical, melhoras nos equipamentos e seus recursos e a oportunidade de acesso a um excelente estúdio de gravação especializado no Heavy Metal, o Assad Studios. Todos estes acontecimentos foram essenciais para o retorno da Mortiferik.
Definido como Empire of Sadness Returns, este EP(2013) surgiu furiosamente após alguns anos em silêncio para o mundo.
Realmente a falta de apoio dificulta qualquer trabalho musical, pois existem gastos e outras coisas, porém na minha opinião não destrói um sonho quando se tem disposição para alcançar objetivos. Vencer as dificuldades já faz parte da rotina dos Guerreiros Bangers!”

3) Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda e quais são suas bandas preferidas no estilo?

“Sou bastante influenciado pelo trabalho “Tanatofilo opulente plenilúnio” da Silent Cry. Foi a partir deste material que descobri o Doom Metal, fundei a Mortiferik e passei a conhecer outras bandas deste estilo. Aprecio muito a Mythological Cold Towers, Poeticus Severus , Eternal Sorrow, Serpent Rise, Desire, etc…São muitos nomes que enriquecem o Underground Brasileiro!” (OBS: “Anderson Morphis: Mencionado Desire, mas não como banda nacional, magnífico trabalho de Portugal).

4) Quais são os planos futuros da banda?

“Aproveitando o melhor momento que tive durante todos esses anos, estarei compondo novos sons e trabalhando nas estruturas arquivadas para acelerar todo o processo de criação.
O objetivo é lançar Eps Independentes, pois pela quantidade de músicas torna-se financeiramente viável tanto para mim como para os que adquirem o material,mantendo a Mortiferik em constante atividade.
Uma iniciativa que tomei neste ano de 2013 foi a preparação de minhas apresentações como one-man-band, pois pretendo demonstrar minhas músicas nesta modalidade. A primeira apresentação está datada para o dia 28 de Abril no Segundo Força Metal Campos.
Convites para apresentações em outros lugares já estão surgindo mesmo sem ter iniciado a ideia, o que deixou-me bastante surpreso.”

5) Qual sua visão sobre a cena brasileira no Doom Metal?

“A Cena Doom Metal costuma ser mais restrita, pelos poucos Bangers que admiram e conhecem o estilo. A oportunidade de expansão é o que venho observando atualmente,onde mais e mais Guerreiros da Cena se organizam para levantar a Bandeira Doom Metal Brasileira.
Um esforço admirável onde estarei apoiando sempre!
Agradeço pela oportunidade desta entrevista. Força aos teus caminhos e realizações!”

Desde já, quero agradecer ao Anderson Morphis pela bela entrevista, e parabenizá-lo pelo primeiro show que rolou, deu tudo certo, Força e Honra ao Doom!

Links:

Myspace: http://www.myspace.com/mortiferik
Facebook: http://www.facebook.com/mortiferik

E neste blog, tem os primeiros registros da banda:
http://www.clamoresvorazes.blogspot.com.br/search/label/Mortiferik

Entrevista - ApocalyptichaoS/União Doom BR

Hoje nossa entrevista é com uma das pessoas mais importantes da cena BR, hoje conversaremos simplesmente com a Ellen Maris vocal da ApocalyptichaoS , coordenadora da União Doom Metal Brasil e da Sunset Metal Press , a entrevista é dividida em 2 partes, uma sobre a banda e outra sobre a União Doom BR, então se acomode e vamos a leitura:

1) O que é a Apocalyptichaos? (não só musicalmente, mas o que representa em sua vida).

“A Apocalyptichaos é o resultado de um sonho de duas pessoas (Sandro Pessoa e eu) que tivemos ainda no início dos anos 2000 e que foi se lapidando com o tempo. Neste período passou por reformulações, mudanças de formação e hoje ainda está em fase de desenvolvimento. Acredito que a banda, em particular, viva essa fase de reformulação durante o tempo em que existir. Somos pessoas em crescimento, nossos objetivos, pensamentos, ideias sempre estão se desenvolvendo e aplicamos isso também em nosso trabalho.”

2) A banda até então lançou só singles,como foi a gravação, e quais os problemas enfrentados para a gravação de um full? Falta de apoio acaba matando bastante sonhos.

“A banda lançou 2 singles. Um terceiro está praticamente pronto, mas não deve ser lançado antes do EP. O problema está exatamente na instabilidade da formação. Nunca tivemos problemas de convivência com os músicos que tocaram conosco. No entanto, os que saíram, tinham outros projetos e prioridades que sempre estiveram acima dos planos que temos pra esta banda. A dedicação, a paciência, a insistência e o abrir mão. Estas são leis da Apocalyptichaos. Durante um tempo, tivemos uma formação linda e foi lá que desenvolvemos todas as músicas de nosso setlist. Mas a mesma se desintegrou, mais uma vez. A questão do apoio pesa, mas no nosso caso, o problema de fato é a formação instável.
Sobre o processo das gravações foi bastante simples, rápido. Nós já tocávamos as músicas a anos e talvez por isso soou mais simples. Adoro estúdio, gravar. No entanto, o profissional que irá nos acompanhar nessa etapa tem que nos deixar livres pra colocar nas músicas exatamente o que queremos passar. Essa falta de liberdade já me estressou uma vez.”

3) Quais influências musicais ajudaram a moldar o som da banda e quais são suas bandas preferidas no estilo?

“O Sandro responderia melhor. Ele quem compõe quase todas as músicas, com a ajuda do restante da banda. Mas como vivemos sob o mesmo teto (risos) acredito que seja o som que sempre ouvimos. Os clássicos como My Dying Bride, Paradise Lost, o Anathema ( até o Judgement) e no meu caso, o Katatonia que é a banda que me inspira em sentimentos.
Atualmente o Sandro tem apostado em ouvir um som mais atual, esse mesmo que muito metaleiro conservador as vezes detesta. Existem coisas preciosíssimas a serem aproveitadas neles e com certeza nós iremos buscar o que há de melhor. Apocalyptichaos não é um som do passado e sim, do futuro. Nossos planos são todos pra amanhã…o agora nós ainda estamos preparando ( isso já fazem uns bons anos) e vamos aplicar a atualidade nele sempre que pudermos fazer isso, sem perder nossas raízes verdadeiras, claro.”

4) Quais são os planos futuros da banda?

“Lançar de uma vez por todas o nosso primeiro álbum. Já conseguimos grandes coisas somente com 2 singles. Fizemos uma mini tour nacional, além de tocar em nossa região. Agora esta é a nossa prioridade e por conta disso, até os shows estão suspensos no momento. Futuramente queremos atravessar fronteiras. Quem sabe, começar aqui mesmo na América do Sul e depois… depois o tempo dirá.”

5) Qual sua visão sobre a cena brasileira no Doom Metal?

“Está melhorando, eu acredito. Já foi mais carente de shows, apoio e principalmente de público. Já falei algumas vezes sobre a cena Doom nacional ser ” bastarda ” ou sem pai nem mãe. Não é abraçada por estilos como o Heavy, Death, o Thrash, o Black metal. É um som que ainda causa desconfiança e soa ” cult ” ou estranho para muitos. Mas já a algum tempo tem ganhado apoio, principalmente após o surgimento da União Doom Metal Brasil. Com o lançamento da coletânea ( que foi um primeiro passado bem sucedido) percebo, mesmo que lentamente, as
coisas tomando forma, novos projetos surgindo e mais pessoas interessadas.”

A segunda parte sobre a União Doom!

1) Quais foram as ideias que iniciaram a vontade de criar a União Doom Metal BR? Quais foram os objetivos em mente?

“A cena doom parecia inexistir. Carecia de espaço e confiança dos produtores, do próprio público em geral. As bandas existiam, lançavam seus materiais e conseguia respaldo fora do país. Pra conseguir se encaixar em um evento ou festival nacional, a banda praticamente não tinha chances, mesmo tendo qualidade. E quando tinha, era como se fosse um favor do produtor para com a banda. Uma jornada sofrida,
suada, que muitas vezes já desanimou grandes bandas nacionais a continuar o percurso.
A ideia surgiu dessas conversas entre as bandas. Todos reclamam da mesma coisa, dos mesmos problemas pra conseguir um show e estava mais do que óbvio que precisávamos nos unir naquele momento e começarmos a nos apoiar, dentro de um círculo primeiramente, que depois de organizado, agregaria novas bandas. Os objetivos eram justamente o de buscar aqui, o que já conseguíamos lá fora. A valorização, o espaço, enfim.”

2) A coletânea Doomed Serenades foi uma ótima iniciativa para mostrar a força de nossa cena. Como foi a gravação da mesma e a seleção das bandas que fariam parte?

“A seleção foi feita pelas próprias bandas da União Doom, depois do projeto firmado. Demos prioridade às primeiras 10 bandas que se agregaram a este círculo de apoio mútuo. As bandas que ficaram de fora, apoiaram essas decisões e algumas surgiram após a formação da União, pois, a ideia também é que sejam lançadas novas coletâneas. Uma a cada ano ou algo perto disso. O processo de gravação foi individual. Cada banda fez o seu trabalho em suas respectivas cidades e nos enviou
num prazo estipulado, juntamente com autorizações e toda a parte burocrática necessária. Contamos também com um enorme apoio dos 4 selos de distribuição que foram os que arcaram com as despesas iniciais para o lançamento da mesma.”

3) A repercussão da coletânea foi satisfatória? No contato com algumas das bandas, soubemos que elas esgotaram os estoques ou estavam com poucas cópias, o que demonstra que foi bem aceito pelo público.

“Não poderia ser melhor. Lançaremos outra ainda este ano. Estamos caminhando para isso. Até hoje recebo email solicitando a compra dos exemplares. Mas eu mesma não tenho nada, a não ser a que ficou pra mim. No começo, alguns selos torceram o nariz, não quiseram abraçar essa nossa aposta, por ser Doom Metal, talvez. Se tivesse sido diferente, certamente eles teriam faturado uma nota. É importante que fique claro que as vendas foram ótimas. Precisamos de mais parceiros para as novas coletâneas e fica aqui a minha resposta: Vendeu muito!
Pelo menos por aqui, vendi todas em cerca de 20 dias.”

4) Como estão os planos para a gravação da continuação da Doomed Serenades?”

“Estamos em processo de seleção das bandas. E também estamos fechando com novos parceiros. Leva um tempo esse processo todo, mas creio que deva ser lançado até o início do próximo semestre.

Diego: Desde já agradeço pelo seu interesse, muito obrigado!

Ellen: Eu quem agradeço pela consideração e pelo convite para falar de dois projetos tão importantes pra mim. No caso da União, é importante para várias bandas e entrevistas do tipo sempre são positivas à favor da nossa divulgação.

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